Independentemente
de sermos pessoas mais carinhosas ou menos, estudos recentes demonstram que a
troca de afeto físico entre casais torna a relação mais próxima e mais forte.
Foi cientificamente demonstrado que abraçar, dar as mãos e tocar na outra
pessoa aumenta os níveis de oxítona, a hormona responsável pela redução da dor
e pela sensação de calma e de conforto. Esta hormona produz-se durante o
orgasmo sexual, mas também através de carícias. Além de aumentar os níveis de
oxítona, a troca de carinho também diminui a tensão arterial, bem como os
níveis de stress. Se por um lado afeta positivamente o nosso corpo em termos
orgânicos, a presença de afeto físico na relação afeta igualmente a nossa mente
e a nossa postura perante a vida.
As
pessoas com mais afeto aparentam uma autoestima e autoconfiança superiores,
pelo que criam um impacto mais agradável nos outros. Em geral, o mesmo estudo
demonstra que os casais românticos, quanto mais estão satisfeitos com a
relação, mais o demonstram fisicamente um ao outro, e quanto mais o demonstram,
mais se sentem satisfeitos na relação. Trata-se de um circulo vicioso saudável
que se autoalimenta.
A
troca de afeto tem repercussões não apenas no momento, mas estende-se ao longo
do tempo. Quem vive momentos de contacto físico prazeroso, mais facilmente
apresenta sintomas de boa disposição nos dias seguintes.
Apesar
de ser mais do que inequívoco que a troca de afeto traz benefícios, isto não
significa que devemos começar a abraçar e a trocar afeto com qualquer pessoa.
Estes benefícios fazem-se sentir em contextos de proximidade, de relações mais
chegadas, caso contrário pode até causar stress e ansiedade. Com pessoas do
nosso círculo de intimidade, o contacto físico aumenta a qualidade da relação,
bem como a saúde física e o bem-estar mental.
Rossana Appolloni