domingo, 29 de junho de 2014

A IMPORTÂNCIA DO AFETO FÍSICO


Independentemente de sermos pessoas mais carinhosas ou menos, estudos recentes demonstram que a troca de afeto físico entre casais torna a relação mais próxima e mais forte. Foi cientificamente demonstrado que abraçar, dar as mãos e tocar na outra pessoa aumenta os níveis de oxítona, a hormona responsável pela redução da dor e pela sensação de calma e de conforto. Esta hormona produz-se durante o orgasmo sexual, mas também através de carícias. Além de aumentar os níveis de oxítona, a troca de carinho também diminui a tensão arterial, bem como os níveis de stress. Se por um lado afeta positivamente o nosso corpo em termos orgânicos, a presença de afeto físico na relação afeta igualmente a nossa mente e a nossa postura perante a vida.
As pessoas com mais afeto aparentam uma autoestima e autoconfiança superiores, pelo que criam um impacto mais agradável nos outros. Em geral, o mesmo estudo demonstra que os casais românticos, quanto mais estão satisfeitos com a relação, mais o demonstram fisicamente um ao outro, e quanto mais o demonstram, mais se sentem satisfeitos na relação. Trata-se de um circulo vicioso saudável que se autoalimenta.
A troca de afeto tem repercussões não apenas no momento, mas estende-se ao longo do tempo. Quem vive momentos de contacto físico prazeroso, mais facilmente apresenta sintomas de boa disposição nos dias seguintes.
Apesar de ser mais do que inequívoco que a troca de afeto traz benefícios, isto não significa que devemos começar a abraçar e a trocar afeto com qualquer pessoa. Estes benefícios fazem-se sentir em contextos de proximidade, de relações mais chegadas, caso contrário pode até causar stress e ansiedade. Com pessoas do nosso círculo de intimidade, o contacto físico aumenta a qualidade da relação, bem como a saúde física e o bem-estar mental.

                                                   Rossana Appolloni