A
vida é feita de meta e de desafios. O prazer de viver está na conquista dos
nossos sonhos e, assim que concretizamos um, partimos naturalmente à conquista
de outro. Esta é a dança da vida, uma sucessão de objetivos e metas, com o
prazer de gozar e saborear a caminhada que nos leva até lá.
A
vida é sentir o que se quer, seja a que nível for, é ter um desejo pessoal para
pôr em prática. No entanto, à volta dos desejos que temos, por vezes cria-se
uma energia de ansiedade e de sofrimento que vem contradizer a alegria e a
serenidade que era supor sentirmos na conquista de algo que nós próprios
estabelecemos.
Ora,
a primeira questão é mesmo esta: essa meta que queremos alcançar, esse sonho
que desejamos conquistar, é mesmo nosso ou, pelo contrário, é de outra pessoa?
Muitas vezes nem isso sabemos. Andamos à deriva, sentados num barco que não é o
nosso. Uma das formas de descobrimos se estamos ao leme do nosso próprio barco
é através do que sentimos. Ao imaginarmos esse sonho concretizado, o que é que
sentimos? Ao percorrermos o caminho que nos leva até lá, que sensações e
emoções nos preenchem?
Não
há sonhos certos ou errados, há apenas os nossos sonhos e os dos outros.
Enquanto vivermos apenas em função dos sonhos dos outros, a felicidade nunca
fará parte do nosso ser, simplesmente porque não estamos a viver a nossa vida,
mas sim a vida de outra pessoa. Partirmos à conquista do nosso desejo implica
definir primeiro qual é que ele é. Assim, pergunte-se, diariamente: o que é que
eu quero da vida? Quais são os meus desejos?
Rossana
Appolloni