As espécies animais e vegetais estão
em declínio; em consequência, não só a biodiversidade do planeta mas também as
reservas de alimentos e de água potável de que dependem milhões de pessoas,
estão em risco. Nos países ricos, a maior parte dos habitantes depende
sobretudo das espécies domésticas para a sua alimentação; tal não acontece nos
restantes países em que ainda existem milhões de pessoas que dependem da caça e
da pesca. Daí resulta que os ecossistemas estão sujeitos a fortes pressões,
como resultado do crescimento demográfico e da exploração crescente dos
recursos naturais. São, muitas vezes, utilizados métodos que destroem os
habitats e conduzem rapidamente à extinção das espécies. Essa redução atinge um
valor elevado nalgumas com interesse comercial. As espécies estarão cada vez
mais ameaçadas e a nossa sobrevivência posta em risco se não forem respeitados
os limites impostos pela natureza. Só assim será possível ter uma economia,
desejavelmente, verde.
As espécies invasoras representam uma séria
ameaça à diversidade biológica. É necessário tomar medidas de prevenção e de
sensibilização que previnam e promovam a erradicação destas espécies, quer à
escala nacional quer à escala mundial de modo a limitar os prejuízos que elas
causam. Em contrapartida, existem espécies que contribuem especialmente para a
melhoria do ambiente. Por exemplo, uma árvore pode produzir num ano o oxigénio
que dez pessoas respiram nesse mesmo período. Também os moluscos bivalves e
algumas plantas aquáticas têm uma contribuição importante para a purificação da
água das zonas húmidas.
“O bater de asas de
uma borboleta em Nova Iorque desencadeia uma tempestade em Pequim”. Esta frase
tão popular refere-se ao “efeito borboleta” da Teoria do Caos. E qual é a
relação desta frase com a extinção das espécies? Na ecologia ela é muitas vezes
lembrada, pois que, por exemplo, a cadeia alimentar, é gravemente perturbada
pela perda das espécies, e consequente desaparecimento dos predadores.
O mercado e as empresas, também
conhecem a importância que a biodiversidade tem para todos nós; daí a
preocupação e o interesse que demonstram na preservação das espécies e a forma
como fazem a sua divulgação, cativando desse modo clientes ambientalmente
responsáveis. Por outro lado, as empresas na sua ânsia de aumentar os lucros,
estão atentas às vantagens que poderão resultar da adesão à ideia de economia
verde. Daí que uma grande cadeia de distribuição em Portugal, tenha anunciado
recentemente com grande pompa e circunstância, que não será possível encontrar
à venda nas suas lojas, espécies píscícolas que tenham sido declaradas em
perigo de extinção.
FNeves