quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O CLIMA




            Os 195 países reunidos em Paris na conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP21), assinaram o primeiro acordo universal de luta contra as alterações climáticas e o aquecimento global.
            Os observadores concordam em qualificar a COP21 como um sucesso diplomático. Há, contudo, quem não seja dessa opinião. A COP21 não terá efeitos imediatos (só a partir de 2020) mas, para já, tornou possível que os muitos países presentes se comprometessem, embora de forma não vinculativa, num combate que todos reconhecem de grande importância para a regulação do clima da Terra. 
            O acordo de Paris pretende que o aquecimento global não ultrapasse os 2°C. Isso pressupõe nos próximos anos um trabalho conjunto a nível nacional, europeu e internacional, no âmbito da eficiência energética e das energias renováveis.
            As mudanças climáticas terão consequências ambientais, económicas e sociais em todo o mundo. Quais serão os cenários para a Europa e para o mundo?
            No pior cenário, num horizonte de 2100, a temperatura teria um aumento de 4.8 ºC. Este cenário será de esperar se nada for feito. Neste caso, apresentar-se-ão três grandes riscos para a Europa e para os seus habitantes:
- A economia seria gravemente afectada pelo aumento das inundações, subida do nível do mar, poluição dos rios e dos lençóis freáticos.
- Uma diminuição da água disponível, acompanhada dum aumento do consumo, afectaria todos os sectores da economia em particular a agricultura e a indústria. Na Europa, a região mais afectada seria a região mediterrânica, onde as secas seriam mais frequentes.
- Uma multiplicação de episódios de calor extremo teria consequências graves na produção agrícola, na produtividade, na saúde e duma forma geral no bem-estar das populações. Também os fogos florestais aumentariam.
            Outros cenários, menos dramáticos, poderão ser apresentados mas a seu sucesso depende do facto de se conseguir ou não limitar o aumento da temperatura global. Este aumento não deverá nunca ultrapassar o limiar fatídico de 2ºC, acima dos quais os danos ambientais são irreversíveis.
            Os peritos afirmam, com elevado grau de certeza, que as actividades antropogénicas são responsáveis pelas mudanças climáticas. Será pois uma alteração do comportamento humano, que poderá inverter a situação.
            Diversas soluções, têm sido apontadas, quer a nível local quer a nível regional e global. De referir, entre outras, o aumento da eficiência nos sectores energético e dos transportes que conduziria a uma redução efectiva das emissões. Também uma maior utilização das energias renováveis e a generalização de normas ecológicas na agricultura seriam da maior importância.

                                                 FNeves