As tecnologias de
informação e comunicação (TIC) são hoje uma realidade nas escolas. Na verdade,
não faz sentido o aluno, através do seu telemóvel, tablet ou computador, estar
constantemente em contacto com o mundo, aceder aos mais variados assuntos,
utilizar as múltiplas funcionalidades dos mesmos, fora da escola e esta não fazer
uso destes recursos de uma maneira educacional. A questão que se coloca é esta:
em que medida o uso destes equipamentos pode proporcionar um novo modelo de
ensino e de aprendizagem?
Ora, na Bélgica, no
âmbito da União Europeia e nos Estados Unidos surgiram já laboratórios que
tentam suscitar as mudanças que estas tecnologias proporcionam. A associação European Schoolnet, criada pelos
ministros da Educação da U.E., procura encorajar as escolas a optimizar as TIC.
Esta associação tem vários projectos em curso, em diferentes campos, todos
eles, porém, tentando encontrar novas formas de aprender e de ensinar.
A título
exemplificativo, indica-se um projecto que está em desenvolvimento, o Creative Classrooms Lab e que pretende
responder, entre outras, à questão: será que investir em programas de
computador se torna eficiente e tem sentido quando está a assistir-se à entrada
em massa, no mercado, dos tablets? Que conselhos dar às escolas que pretendam
adquirir esses tipos de equipamentos?
Por outro lado, no Future Classroom Lab, ainda no European Schoolnet, procuram encontrar-se
novas maneiras de gerir os espaços na sala de aula em que a sala tradicional dá
lugar a um espaço aberto com cinco zonas adaptadas às actividades de recolha de
informação, seu tratamento, comunicação, divulgação e debate e produção
multimédia.
Por sua vez, no
projecto TEAL, no MIT, em Boston, nas
salas existem várias mesas redondas, todas equipadas com computadores, ficando
o professor no centro da sala, como recurso, enquanto que os estudantes
trabalham em grupo e se ensinam uns aos outros.
A transformação da
escola é uma exigência da sociedade!
Mário Freire