Meu olhar era um rio transparente
Galeão de palavras quando olhava.
Brilhava como um puro diamante.
De cristal parecia, se chorava.
Onda a onda, num truque de magia
Na maré, minha barca naufragou.
Desafiar o mar, ninguém sabia.
Nos rochedos, minha âncora encalhou.
Distante, salpicado pela espuma
Meu inocente olhar rasgando a bruma
Ficou flácido, manso, inaudível.
Marcados pelas rotas d´outros ventos
Vão os sonhos mirrando em desalentos
Ceticismo total, inatingível!...
Aldina
Cortes Gaspar