segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A EMPREGABILIDADE JOVEM E O PROGRAMA ERASMUS



Para quem esteja menos familiarizado com temas ligados a este Programa, diria que ele visa, de um modo geral, o apoio ao intercâmbio de professores e alunos do ensino superior. Ele foi criado em 1987, reveste várias modalidades, mas a mobilidade é o seu grande lema. E foi com a mobilidade de alunos que ele ganhou grande visibilidade. O Programa permite que os alunos estudem noutro país membro da União Europeia ou Estado associado por um período de tempo de 3 a 12 meses.
Ora, foi publicado no passado dia 22 de Setembro um importante estudo da Comissão Europeia sobre este Programa o qual foi realizado em 2013, abrangeu 34 países e teve cerca de 80.000 interlocutores (alunos e antigos alunos, professores, estabelecimentos de ensino superior e empresas).
De entre as dezenas de gráficos que acompanham este trabalho, dando conta das múltiplas situações que decorrem da mobilidade dos alunos dos diferentes países, destacaria um tema, pela sua grande acuidade: a empregabilidade.
Foi verificada uma maior empregabilidade dos jovens que participaram neste Programa do que aqueles que não participaram. Por sua vez, 64% dos empregadores iriam considerar a experiência no estrangeiro como um dos factores importantes no recrutamento, enquanto que em 2006 só 37% a consideravam de relevo. O estudo considerou seis traços de personalidade que teriam importância para a empregabilidade: a tolerância à ambiguidade, a curiosidade, a confiança em si, a serenidade, a determinação e a capacidade para resolver problemas. Ora, mais de noventa por cento dos empregadores confirmou a importância destes traços. Foi possível, ainda, verificar, relativamente a estes traços de personalidade, que a média dos antigos alunos Erasmus atingiu valores superiores a 70 %, tendo em consideração o conjunto de todos os alunos.
Uma curiosidade: um milhão de bebés nasceram de pais que se encontraram no decurso do Erasmus, desde o seu início.


                                                  Mário Freire