Este é o título dum estudo apresentado
já este ano, resultante de um inquérito feito pela HSBS e realizado junto de
pais de alunos de 15 países de todos os continentes, excepto África. Refira-se
que a HSBS é uma das maiores organizações de serviços financeiros e bancários
do mundo.
Referir-me-ei,
apenas, nas considerações que se seguem, ao subtítulo – springboard for success - trampolim
para o sucesso. Esta última palavra, sem estar adjectivada, deixa-me uma
certa ambiguidade. Que sucesso é este? É ganhar muito dinheiro? É ser o
primeiro na empresa? É ser conhecido por muita gente? É ter um grande poder?
Mas quantos daquelas e daqueles que tiveram este tipo de sucesso resolveram largar
tudo o que faziam para se dedicarem a uma outra vida radicalmente diferente da
que levaram?! E quantos outros, até, largaram a própria vida?!
Julgo que o valor da educação não é o
de proporcionar o sucesso, tal como o associamos ao de uma pessoa ser influente
e vencedora. O grande valor da educação é o de abrir horizontes nos vários
ramos do saber, proporcionando um enriquecimento pessoal em diferentes
domínios, suscitando em cada um o exercício da liberdade da escolha, entre os
múltiplos caminhos que se lhe apresentam. E é nas escolhas desses caminhos que
podemos tentar compatibilizar as necessidades pessoais com a realização
profissional e as exigências de serviço à sociedade.
Nos dias que correm, nem sempre
esses caminhos abundam; contudo, são as pessoas que maiores qualificações
possuem que têm a possibilidade de criar um trabalho que lhes abra a porta para
o que desejam fazer na vida ou de o ir procurar onde ele existe, mesmo fora do
País. Se a educação que se pretende alcançar é a que proporciona a
compatibilização atrás referida, poderei, então, concordar que ela seja um
trampolim para o sucesso.
Mário
Freire