terça-feira, 28 de outubro de 2014

EVITEMOS O CAOS AMBIENTAL





Os recursos de água doce não são inesgotáveis. A sua disponibilidade é cada vez menor devido à sua utilização intensa, muitas vezes duma forma irracional. Em consequência da explosão demográfica e do acréscimo rápido das necessidades da agricultura e da indústria modernas (consumo e processos produtivos) os recursos hídricos são objecto de uma solicitação crescente. Por exemplo, a indústria e a extracção mineira utilizam tecnologias que exigem grandes quantidades de água, gerando também grandes quantidades de efluentes que são devolvidos ao meio ambiente, muitas vezes sem tratamento adequado.
No caso da agricultura, as exigências de água também são muito grandes, especialmente em regiões de clima seco. Além disso, utilizam-se, por vezes, sistemas de irrigação que conduzem a grandes desperdícios. É paradigmático o desaparecimento do Mar do Aral, resultante da cultura intensiva mas insustentável do algodão por parte das autoridades russas.
No que diz respeito à utilização doméstica, em Portugal, desperdiçam-se cerca de 40 por cento da água disponibilizada pelos serviços de abastecimento. Inserido numa zona de risco de aquecimento global, Portugal enfrenta o gradual aumento de temperatura que significará uma diminuição dos seus recursos hídricos e obrigará a reformular os modelos de consumo.
Em todo o mundo, mais de mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável e mais de 2,5 mil milhões não têm acesso a um saneamento básico elementar.
A mudança, qualquer que seja, tem que partir do comportamento responsável de cada um de nós, dentro da nossa própria casa. A utilização da água deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração de qualidade das reservas actualmente disponíveis.

                                               FNeves