Science of Happiness
publicou um estudo para medir os níveis de felicidade antes e depois de um
exercício específico para verificar até que ponto é que esse poderia
influenciar os níveis de felicidade do sujeito. O exercício constava de
escrever uma carta quem o sujeito sentia que mais o tinha influenciado na vida,
exprimindo a sua gratidão. Numa segunda fase, tinha de telefonar à pessoa
escolhida e ler a carta. Como resultado, verificou-se um aumento dos níveis de
felicidade daqueles que se submeteram ao exercício, sobretudo dos que conseguiram
completar o mesmo, ou seja, dos que, além da carta, comunicaram o conteúdo da
mesma ao destinatário.
O efeito mais inesperado foi para os sujeitos
cujos níveis de felicidade se tinham demonstrado muito baixos antes do
exercício, o que veio demonstrar que este exercício pode ser uma prática boa
para quem está com níveis de tristeza elevados.
Independentemente dos
testes que se fazem para tentar avaliar fatores que são dificilmente
mensuráveis pela especificidade de cada um de nós, exprimir a gratidão pode
efetivamente contribuir para a nossa felicidade. Trata-se de focarmos a atenção
no que de bom há à nossa volta e que, muitas vezes, ao sermos tomados pelas
preocupações e pelo stress da nossa vida, descuramos e não damos a devida
importância. Costuma dizer-se que só damos valor às coisas quando não as temos.
Podemos então tentar
fazer o contrário, ou seja, reconhecer o valor do que temos e exprimi-lo.
Exprimir o que sentimos é extremamente importante, não apenas o recetor, mas
sobretudo para o emissor. A comunicação verbal potencia as emoções e as emoções
potenciam os sentimentos. Não é por acaso que é comum a dificuldade de dizer o
que sentimos.
As emoções
assustam-nos, pois não fomos educados para encararmos as emoções de forma
positiva, mas vivê-las e dar-lhes espaço na nossa vida é fundamental para nos
sentirmos mais vivos. Experimentemos e sintamos o resultado dentro de nós!
Rossana Appolloni
www.rossana-appolloni.pt