O direito a um ambiente sadio e
equilibrado é um Direito Humano Fundamental. Por sua vez, a preservação do
ambiente é um dever de todos os cidadãos. A participação de cada um de nós é
importante, porque a qualidade do meio ambiente reflecte-se na qualidade de
vida da população.
A
humanidade caminha para um grande impasse. O ritmo actual do processo de
exploração dos recursos naturais do planeta pode levar à total eliminação das
reservas necessárias à vida. As reservas de água, as reservas de combustíveis
fósseis, as reservas de ar puro, as terras cultiváveis, tudo isso estão sob
ameaça.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que quase um quarto das doenças no
mundo é resultante de problemas ambientais, que poderiam ser evitados. Não só
se perdem vidas, mas também são gastos elevados recursos financeiros no
tratamento das enfermidades.
Sabe-se
que metade da humanidade está situada abaixo da linha de pobreza. Mesmo assim,
consome-se, actualmente, 20% a mais do que a Terra consegue renovar. Trata-se
de um dilema cruel, pois qualquer pessoa de boa vontade gostaria que toda a
população do mundo ultrapassasse a linha da pobreza, em direcção à melhoria das
condições de vida. A única saída é adoptar padrões de produção e de consumo
sustentáveis. Isso significa diminuir o consumo irresponsável.
Esses
objectivos somente serão alcançados se estimularmos, à escala mundial, o
consumo consciente. O consumidor consciente é aquele que ajuda a construir uma
sociedade mais sustentável e justa. De acordo com a forma e a intensidade com
que consome recursos naturais, produtos e serviços, o consumidor consciente
manifesta a sua responsabilidade social.
Os
hábitos alimentares com excessiva predominância de comida industrializada fazem
crescer os problemas ambientais que ameaçam o mundo. É aí que entra o
consumidor consciente. Ele pode, por meio das suas escolhas de natureza
alimentar, contribuir para evitar, por exemplo, os problemas que poderiam ser
causados por mudanças climáticas, decorrentes de um eventual sobreaquecimento
da Terra.
Essa
escolha também deve reflectir-se nos meios de transporte utilizados pela
população. A poluição do ar mata, anualmente, cerca de 1,5 milhões de pessoas,
segundo a OMS. Elas morrem de doenças respiratórias atribuídas, principalmente,
à queima de combustíveis fósseis.
Os organismos
internacionais, como a Unesco e a OMS, recomendam alternativas como o uso de
veículos movidos a biocombustíveis ou a bicicleta e as caminhadas. Mais, ainda,
incentivam o transporte colectivo.
Transformar
os hábitos individuais é uma atitude de consumo consciente. O objectivo é
contribuir para a sustentabilidade ambiental do planeta.
O
conceito de consumo sustentável, derivado do termo desenvolvimento sustentável,
foi amplamente divulgado com a criação da Agenda 21, um documento produzido
durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992.
FNeves