sábado, 5 de outubro de 2013

A EUROPA E AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS



As alterações climáticas estão a afectar toda a Europa, causando múltiplos impactes na sociedade e no ambiente; os seus danos poderão ter custos elevados.

O relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas refere que se têm observado temperaturas médias mais elevadas a nível europeu, bem como uma diminuição da precipitação nas regiões meridionais do continente, em paralelo com o seu aumento no norte da Europa.

Nos últimos anos, fenómenos climáticos extremos, como as vagas de calor, as inundações e as secas, têm causado crescentes prejuízos materiais em toda a Europa. Embora sejam necessários mais dados para determinar o papel desempenhado pelas alterações climáticas nesta tendência, sabe-se que o aumento da actividade humana em zonas de risco é um factor fundamental.

É previsível que as alterações climáticas agravem esta vulnerabilidade no futuro, à medida que os referidos fenómenos aumentam em intensidade e frequência. Se a sociedade europeia não se adaptar, será inevitável que os prejuízos continuem a aumentar.

O relatório assinala que algumas regiões terão menos capacidade de adaptação do que outras, em parte devido às disparidades económicas existentes na Europa, e que os efeitos das alterações climáticas poderão aprofundar ainda mais essas desigualdades. As vagas de calor, tornaram-se mais frequentes e prolongadas, tendo causado milhares de mortes.  Embora a precipitação esteja a diminuir nas regiões do sul, com secas mais graves e frequentes, ela tende a aumentar no norte da Europa.

Ainda segundo o relatório, para além dos impactes relacionados com o calor, as alterações climáticas têm outros efeitos sobre a saúde humana igualmente importantes, uma vez que contribuem para a transmissão de certas doenças. Por exemplo, permitem que a carraça se propague para norte e um maior aquecimento futuro tornará algumas regiões da Europa mais propícias a mosquitos transmissores de doenças. A época de polinização é mais longa e começa mais cedo, facto que também afecta a saúde humana.

Muitos estudos constataram grandes alterações nas características de plantas e animais. Por exemplo, as plantas florescem numa fase mais precoce do ano. Os animais começam a migrar para norte à medida que os seus habitats aquecem mas, como o ritmo de migração de muitas espécies é insuficiente para acompanhar a velocidade das alterações climáticas, tais espécies poderão ser levadas à extinção.

Embora no sul da Europa possa haver menos água disponível para a agricultura, é possível que as condições de cultivo melhorem noutras zonas. Contudo, prevê-se uma redução de algumas produções, devido a vagas de calor e a secas, no centro e no sul da Europa.

Com a subida das temperaturas, a procura de aquecimento também caiu, o que permite poupar energia. No entanto, essa queda é contrabalançada pela maior necessidade de energia para arrefecimento nos verões mais quentes. Ora Portugal é um país da Europa do Sul! Haverá pois que tomar precauções redobradas.

 

                                          FNeves