domingo, 11 de agosto de 2013

APRENDER A APRENDER


             O trabalho de um professor está muito longe de se limitar às horas lectivas em que, assumindo o seu papel de líder da turma, através de métodos mais ou menos participativos, proporciona aos alunos as diversas aprendizagens.
            Existem outros trabalhos, não menos importantes, em que o professor é solicitado a dar o seu contributo na escola. Um deles passa por acompanhar os alunos nas suas aprendizagens. Ora, este acompanhamento pode revestir várias formas.
Na matriz curricular do 1º ciclo fala-se no estudo acompanhado. Diz-se na legislação enquadradora deste estudo que ele é “orientado para a criação de métodos de estudo e de trabalho que promovam a autonomia da aprendizagem e a melhoria dos resultados escolares”.
Aqui está uma meta de grande alcance educacional que exigiria da parte de todos aqueles que, directa e indirectamente, intervêm neste espaço pedagógico uma atenção quer sobre a metodologia nele adoptado, quer sobre o seu conteúdo.
Não sei se os professores que intervêm nesta actividade estão a ter (ou tiveram) alguma formação no domínio do aprender a aprender. Este sector das ciências da educação, contudo, é de grande importância pois envolve, seja da parte do professor, seja do aluno, certos procedimentos que facilitam a aprendizagem e tornam o seu conteúdo mais duradouro. E estando o aluno apetrechado com meios que o habilitem a aprender melhor, certamente que será mais autónomo e, consequentemente, melhorará os resultados escolares.
Mas não só os professores do 1º ciclo, especialmente indicados para o estudo acompanhado, deveriam ter formação neste campo. Esta formação interessa a todos os outros professores de qualquer nível de ensino. Aprende-se a aprender ao longo de toda escola mas, também, ao longo da vida.


                                             Mário Freire