sábado, 20 de julho de 2013

ESTUDAR NO ESTRANGEIRO


Notícias recentes davam conta que as receitas geradas pela presença de estudantes estrangeiros em Portugal poderiam vir a ultrapassar as que são geradas pela exportação de vinho nacional.
A globalização também chegou à educação: o número de estudantes a frequentar escolas fora do seu país tem aumentado rapidamente. Viagens mais baratas e comunicações mais fáceis levam os jovens a procurar qualificações que lhes permitam entrar mais facilmente no mercado de trabalho.
Mas não são eles os únicos beneficiários: os países de destino têm benefícios financeiros e os países de origem recebem de volta os seus jovens habilitados com novas competências.
São os países asiáticos, nomeadamente a China e a Índia, que mais incentivam os seus estudantes a estudar no estrangeiro. Em contrapartida, são os países ocidentais, em particular os de língua inglesa, os mais procurados. A formação escolhida é muito variada e é, com frequência, de nível avançado.
Com a vasta oferta que existe actualmente, os estudantes devem ter em atenção não só o país e o ranking da instituição a seleccionar, mas também os custos. De facto, as propinas estão a aumentar, com a maioria dos países a cobrar valores mais elevados aos alunos estrangeiros. Contudo, propinas elevadas podem não ser um impedimento, em especial se há possibilidade de obter uma bolsa de estudo ou de trabalhar em tempo parcial.
Mas há ainda outros factores que poderão condicionar os estudantes estrangeiros tais como a língua e as leis de imigração. Atendendo a que os países de língua inglesa são muito atractivos, verifica-se que outros países não anglófonos oferecem cursos em inglês para, desse modo, atrair mais alunos. Outros adaptaram as leis de entrada e de permanência no país. Deste modo destinos tradicionais estão a perder popularidade, a favor de novos destinos.
             Cada vez mais os estudantes estrangeiros são vistos como um bem quer para os países quer para as instituições que os acolhem. Como pagam os estudos e a estadia, poderão beneficiar a economia durante ou mesmo após a sua permanência no país. Os estudantes estrangeiros poderão também contribuir para melhorar a competitividade dos países e das instituições e, duma forma mais alargada, do mundo global em que todos vivemos.

                                                         FNeves