Notícias
recentes davam conta que as receitas geradas pela presença de estudantes
estrangeiros em Portugal poderiam vir a ultrapassar as que são geradas pela
exportação de vinho nacional.
A
globalização também chegou à educação: o número de estudantes a frequentar
escolas fora do seu país tem aumentado rapidamente. Viagens mais baratas e
comunicações mais fáceis levam os jovens a procurar qualificações que lhes
permitam entrar mais facilmente no mercado de trabalho.
Mas
não são eles os únicos beneficiários: os países de destino têm benefícios
financeiros e os países de origem recebem de volta os seus jovens habilitados com
novas competências.
São
os países asiáticos, nomeadamente a China e a Índia, que mais incentivam os
seus estudantes a estudar no estrangeiro. Em contrapartida, são os países
ocidentais, em particular os de língua inglesa, os mais procurados. A formação
escolhida é muito variada e é, com frequência, de nível avançado.
Com
a vasta oferta que existe actualmente, os estudantes devem ter em atenção não
só o país e o ranking da instituição a seleccionar, mas também os custos. De
facto, as propinas estão a aumentar, com a maioria dos países a cobrar valores
mais elevados aos alunos estrangeiros. Contudo, propinas elevadas podem não ser
um impedimento, em especial se há possibilidade de obter uma bolsa de estudo ou
de trabalhar em tempo parcial.
Mas
há ainda outros factores que poderão condicionar os estudantes estrangeiros
tais como a língua e as leis de imigração. Atendendo a que os países de língua
inglesa são muito atractivos, verifica-se que outros países não anglófonos
oferecem cursos em inglês para, desse modo, atrair mais alunos. Outros
adaptaram as leis de entrada e de permanência no país. Deste modo destinos
tradicionais estão a perder popularidade, a favor de novos destinos.
Cada vez mais os estudantes
estrangeiros são vistos como um bem quer para os países quer para as
instituições que os acolhem. Como pagam os estudos e a estadia, poderão
beneficiar a economia durante ou mesmo após a sua permanência no país. Os
estudantes estrangeiros poderão também contribuir para melhorar a
competitividade dos países e das instituições e, duma forma mais alargada, do
mundo global em que todos vivemos.
FNeves