domingo, 30 de junho de 2013

O LEGADO DO CONDE FERREIRA - 8


Em 19 de Setembro de 1867 já a vereação (da Câmara de Castelo Branco) se precavia da precariedade de recursos económicos, recordando que “logo que a obra arrematada fosse, serviriam os aludidos documentos para solicitar ao Governo de Sua Majestade os 4000 réis por metro quadrado, recomendando por isso todo o cuidado em que tais papéis não perecessem ou deteriorassem” .
Em 24 de Outubro de 1868, em sessão da Câmara, relata a respectiva acta que “(…)compareceu Francisco dos Santos Bicho que apresentou um requerimento pedindo autorização para concluir o contrato que por escritura pública celebrara com a Camara de construir a casa para a escola de ensino primário no sitio do Castelo, ou que aliaz a Camara lhe mande pagar a importancia da obra e materiais no local da mesma que exceder a importância recebida. A Camara deliberou que se oficiasse ao Director das Obras Públicas do Distrito a fim de deliberar em presença do projecto da obra qual a importância da obra feita e dos materiais no local da mesma depositados para se satisfazer ao requerente (…) ”.
Na sessão seguinte, em 7 de Novembro de 1868, o executivo volta a deliberar sobre o tema da construção da escola, considerando que a amplitude da obra destinada a um elevado número de alunos tornava a construção muito dispendiosa, não tendo a Câmara meios pecuniários disponíveis para o efeito. Nesta conformidade, deliberou-se requerer ao Governo de Sª Majestade a comparticipação oficial de 4.000 réis por cada metro de superfície de construção, pedido que foi formalizado em seguida.
Mas o problema continuou a ser adiado, como se pode depreender da informação contida num ofício do Governo Civil referido na acta de 16 de Agosto de 1871 (decorridos aproximadamente 3 anos) em que é citada a Portaria do Ministério do Reino de 19 de Julho em que Sª Majestade, tomando em consideração as representações da Câmara em que pedia a concessão do subsídio para acabamento da escola de instrução primária, concedia o subsídio de 1 conto e seiscentos mil réis.

                                    Francisco Goulão