Tudo
o que fazemos na vida implica risco, não há como evitá-lo. Algumas pessoas
vivem obcecadas com o medo do que lhes possa acontecer a si e aos seus entes
queridos, como por exemplo, aos seus filhos. As notícias nos mass-media não
ajudam, pois são os principais transmissores de informação negativa e emissores
dos mais variados tipos de alerta.
As
pessoas vivem momentos de incertezas e inseguranças, pelo que o medo
generalizou-se a todas as áreas das nossas vidas: utilizar os transportes para
ir à escola, dar-se com certas pessoas, ter um determinado ritmo de vida, fazer
uma determinada viagem, enveredar por uma nova aventura, aceitar determinado
trabalho, ficar sem ele, etc. O perigo, com esta atitude de medo constante do
que quer que seja, é que o medo se torne ainda pior do que aquilo de que tem
medo.
Ninguém
deseja mal a quem ama, mas temos de deixar as pessoas conduzir as próprias
vidas. Passar o tempo todo preocupados e a tentar impedi-las de fazer o que
querem constitui um verdadeiro risco e mantem-nos num estado permanente de
preocupação. Não sair de casa, não deixar os filhos praticarem um desporto,
insistir que sigam uma carreira mais segura ou evitar o que quer que seja por
motivos de medo não é solução. É, sim, um novo perigo. Além de aumentar a probabilidade
dessa pessoa insistir nessa atividade sem refletir, cria um fosso cada vez
maior entre ambas as partes.
O
medo traz ansiedade e a ansiedade traz infelicidade. Ser mais protetor não
proporciona maior tranquilidade ou satisfação, antes pelo contrário. Temos de
tomar decisões sensatas e considerar as desvantagens ao evitarmos as situações
que dão sabor à vida. Ajude os outros a realizarem o que verdadeiramente
querem, e ajude-se a si próprio a fazer o mesmo!
Rossana Appolloni