sábado, 23 de fevereiro de 2013

RESPEITAR A LIBERDADE DO OUTRO



Tudo o que fazemos na vida implica risco, não há como evitá-lo. Algumas pessoas vivem obcecadas com o medo do que lhes possa acontecer a si e aos seus entes queridos, como por exemplo, aos seus filhos. As notícias nos mass-media não ajudam, pois são os principais transmissores de informação negativa e emissores dos mais variados tipos de alerta.
As pessoas vivem momentos de incertezas e inseguranças, pelo que o medo generalizou-se a todas as áreas das nossas vidas: utilizar os transportes para ir à escola, dar-se com certas pessoas, ter um determinado ritmo de vida, fazer uma determinada viagem, enveredar por uma nova aventura, aceitar determinado trabalho, ficar sem ele, etc. O perigo, com esta atitude de medo constante do que quer que seja, é que o medo se torne ainda pior do que aquilo de que tem medo.
Ninguém deseja mal a quem ama, mas temos de deixar as pessoas conduzir as próprias vidas. Passar o tempo todo preocupados e a tentar impedi-las de fazer o que querem constitui um verdadeiro risco e mantem-nos num estado permanente de preocupação. Não sair de casa, não deixar os filhos praticarem um desporto, insistir que sigam uma carreira mais segura ou evitar o que quer que seja por motivos de medo não é solução. É, sim, um novo perigo. Além de aumentar a probabilidade dessa pessoa insistir nessa atividade sem refletir, cria um fosso cada vez maior entre ambas as partes.
O medo traz ansiedade e a ansiedade traz infelicidade. Ser mais protetor não proporciona maior tranquilidade ou satisfação, antes pelo contrário. Temos de tomar decisões sensatas e considerar as desvantagens ao evitarmos as situações que dão sabor à vida. Ajude os outros a realizarem o que verdadeiramente querem, e ajude-se a si próprio a fazer o mesmo!

                                                     Rossana Appolloni