quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO DE ADULTOS - 2



As restrições financeiras, no que se refere à educação de adultos, parecem ser particularmente sérias, muito especialmente quando se trata de trabalhadores mais idosos, cujo período de aproveitamento pelo mercado de trabalho é, geralmente, muito curto e durante o qual as despesas de formação podem não ser amortizadas.
Na medida em que gera retornos consideráveis, grande parte da educação de adultos deveria ser financiada. Poderá parecer um desperdício de recursos públicos financiar a formação com subsídios públicos. No entanto, a implementação de incentivos económicos para os grupos de baixa qualificação e desfavorecidos, assim como para certos tipos de empresas, como as PME, seria justificado.
Entre as várias ferramentas de financiamento disponíveis para as empresas poderiam destacar-se reduções de impostos, facilidades de pagamento dos mesmos…
Também as questões relativas à oferta e ao controlo de qualidade dos programas de educação de adultos devem merecer a nossa atenção. Um vasto conjunto de instituições – escolas superiores populares, instituições comunitárias, instituições educacionais regulares e outros locais de encontro informais, incluindo o local de trabalho, poderiam oferecer educação aos adultos.
Uma oferta eficiente também implica responder a uma das principais restrições à participação: o tempo. Facilitar a organização do tempo e fornecer alternativas à aprendizagem podem ajudar os países a melhorar a taxa de participação.
Para terminar, referindo-nos ao controlo de qualidade da educação de adultos, os programas de baixa qualidade podem resultar em baixo investimento e participação. Os serviços de emprego público deveriam ser estimulados a aperfeiçoar os seus próprios padrões de qualidade, ao incentivarem os desempregados a frequentar os cursos de formação fornecidos pelo sector privado ou pela comunidade.

                                                                                FNeves