segunda-feira, 21 de novembro de 2011

AS DESPESAS DA EDUCAÇÃO



             Em todo o mundo, os recursos destinados à educação são cada vez mais restritos; no entanto, nem por isso se deixa de se exigir que os governos aumentem a eficiência do respectivo sistema educativo, face às necessidades crescentes de formação.
Em particular, as despesas da educação, a nível de escola, podem ser divididas em três categorias: pagamento aos professores, pagamento a funcionários não docentes e outras despesas (materiais de aprendizagem, manutenção dos edifícios escolares e refeitório, entre outras).
Os investimentos a nível primário e secundário são essenciais na construção dos fundamentos da aprendizagem ao longo da vida e na promoção de igualdade de oportunidades. Os salários dos respectivos professores representam a maior parte das despesas correspondentes, 79%, em média, nos países ocidentais (varia de 70% em países como a Finlândia, a Polónia e a Suécia até valores acima de 90% como em Portugal). Países com orçamentos educativos reduzidos destinam, pois, uma grande parte dos recursos ao pagamento de salários, quota muito significativa quando comparada com os que são destinados ao pagamento de serviços educativos de suporte.
Ainda nos países ocidentais, ao nível terciário, gastam-se cerca de 32% do respectivo orçamento educativo em despesas, agora não relacionadas com o pessoal. Essa despesa justifica-se pelos altos custos de equipamento no ensino superior.
Nos países que estamos a considerar, a educação é financiada fundamentalmente por fundos públicos (cerca de 83%), verificando-se, no entanto, um financiamento privado apreciável sobretudo ao nível terciário. Este tipo de financiamento vem aumentando e acompanha a redução do financiamento público (8% em Portugal entre 2000 e 2008). Considera-se que o financiamento privado não substitui o público, antes o complementa. O financiamento privado varia de país para país e varia, também, com o nível educativo.
            Para finalizar, a educação no posto de trabalho é, em geral, financiada directamente por cada um dos países ou então as empresas são reembolsadas por essas despesas, as quais são incorporadas nas despesas públicas. Este tipo de aprendizagem intensiva é significativo em países do centro da Europa tais como a Alemanha e a Suíça.

                                                                         FNeves