terça-feira, 3 de maio de 2011

EDUCOLOGIA

                       

                                           EDUCOLOGIA

1 – Designativo – Não será de estranhar que alguém se questione sobre o termo Educologia. Trata-se realmente de um neologismo ora e aqui introduzido no vocabulário português. Directamente relacionado com as ciências de educação, coloca esta numa perspectiva vivencial e em contexto global. Constitui efectivamente, a partir de uma concepção holística, um sistema que podemos denominar Educação integral. 
2 – Abrangência – Por educologia se concebe e propõe o conhecimento e aplicação do potencial humano no domínio e conjugação das várias ciências mais directamente conexas com o processo educativo, considerando este na sua essência e nas suas modalidades específicas. Implica isto um modelo de educação alargado a uma constelação interdisciplinar conjugada em teor de complementaridade. Que se pense, exemplificando, nos designativos pedagogia, psicagogia, andragogia e psicologia, considerada esta nas suas diversas abordagens, nomeadamente a psicanálise e a psicossíntese. Mas não só: Relaciona-se com outras disciplinas afins, particularmente com a Antropologia, a Etnologia, a História, a Sociologia, a Literatura, as Belas-Artes, a Espiritualidade, a Medicina, a Ecologia, a Higiene, a Ética e o Civismo. Nesta perspectiva se concebeu o Blog Educologia com o propósito de ser um serviço prestado à sociedade.
3 - Princípios – São apresentados como básicos e norteadores os seguintes princípios atinentes a este sistema educativo: Partir do conhecido para o desconhecido; do quem para o quê; da vivência para a divulgação; da prática para a teoria; do particular para o geral; da educação para a terapia; da reflexão para a acção (Conscientização).
4 – Características – São de destacar e conjugar a noção, a vivência e a função educadora nos termos do subtítulo do Blog: – Educação em Solidariedade e Sem Fronteiras. Sumariamente se pode mencionar, em teor de alusão, utilizando o acrónimo ESSEF.
5 – Noção - É próprio da educação, como indica a sua raiz latina educere, fazer emanar de nós mesmos o potencial latente, de forma a ser positivamente aproveitado em benefício próprio e alheio, ou seja a partir de cada indivíduo considerado este no relacionamento social e universal.
6 –Vivência – Sentido existencial em que o ser prevalece sobre o ter, a moderação substitui o consumismo, a ecologia se opõe ao utilitarismo e a partilha evita o parasitismo. O que se vive é essencial como ponto de partida e de comparticipação. Previamente à transmissão dos conhecimentos adquiridos (conceito bancário do ter) está a vivência com a irradiação do ser.
            7 – Função - No profissional que ministra o ensino é requerido que, no viver e na competência, se proponha dar provas de coerência entre o dizer e o agir que redunda em modelo inspirador. Antes do especialista está o amador, no sentido literal da palavra, aliado a uma devoção amorosa que se reflecte na profissão. Neste espírito, o mercenário dá lugar ao servidor dedicado a uma causa sagrada, e a hierarquia cede à democracia de uma partilha respeitosa em que algo se ensina e se aprende, na mútua dinâmica do dar e receber.
Em conclusão: O educólogo procura viver e fomentar uma visão ao mesmo tempo global e sintética, confiante e optimista. Alargando a sua visão a um leque interdisciplinar adequado, faz das humanidades o fulcro da tecnologia. Mais ainda e antes de tudo: Consciente do potencial latente em si mesmo e em todos, nele descobre a luz que dissipa as trevas, na certeza de que na Educação, emanação desse potencial luminoso, está o segredo de um mundo cada vez melhor, individualmente cultivado, socialmente compartilhado e universalmente integrado.
            
                                                                                     João d’Alcor