sexta-feira, 6 de maio de 2011

EDUCAÇÃO: UM OPTIMISMO CONFIANTE

               
           
A educação tem sido o motor da evolução da humanidade. Ela visa o conhecimento mas este, só por si, não justifica o acto educativo. As relações que temos connosco, com os outros, com a transcendência, as experiências de vida, as emoções igualmente podem contribuir para fazer de uma pessoa um ser mais reflexivo, melhor capaz de entender o que se passa em si, no mundo e na natureza. A educação gera autonomia e contribui para que cada um possa participar no bem comum e no desenvolvimento da sociedade.
À palavra educação associam-se, normalmente, os conceitos de ensinar e de aprender. Dizia o educador brasileiro Lauro de Oliveira Lima que o professor não é aquele que ensina mas que ajuda o aluno a aprender. Ora, é no aluno, no educando, e a partir dele, com todas as suas características biopsicológicas, que se centra o acto educativo. Há que despertar nele a necessidade de conhecer, de ter o gosto pelo belo e pela verdade, quer esta passe pela ciência ou pela coerência entre o pensamento e a acção. É nesse despertar de necessidade junto do educando que a acção do professor e educador se deve, predominantemente, fazer sentir.
A educação não é uma actividade neutra. À educação, tendo como meta o desenvolvimento individual e colectivo das pessoas, não são indiferentes os fins que visa nem, tão pouco, os meios para alcançar esses fins. Mais: nestes tempos de crise profunda, a vários níveis, da sociedade portuguesa, os objectivos, os meios e os processos que conduzem à aprendizagem têm que reflectir uma consciência do que é essencial, seja nos valores, nas matérias a ensinar ou nos fins a que essas aprendizagens conduzem.
Enfim, vamos procurar ser optimistas, inspirando-me nas palavras do texto anterior do meu companheiro de blog, cientes de que poderemos confiar na educação, no sentido que lhe dá a educologia, para transformar este mundo num outro melhor e que contribua para devolver ao nosso País a dignidade que a História o exige.
                                                                                       Mário Silva Freire